Junto com seus dentes, você também está crescendo o tempo todo, mas azar dos seus pais que precisam comprar roupas novas pra você o tempo todo - ou azar o seu, se os seus pais não puderem comprar e você precisar usar roupas menores ou simplesmente roupa nenhuma. E com o crescimento, um monte de novidades chegam por aí.
As horas que restam das 14 que você passa dormindo e das outras que você passa comendo ou cagando servem basicamente para você interagir com o ambiente, e você já consegue fazer alguns sons mais articulados, formando sílabas tipo gugu-dadá.
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Gugu? |
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Nossa, que merda de piada. |
Outra coisa que não demora nessa fase é pro bebê usar o polegar pra segurar as coisas. Você sabe que ter um polegar é uma enorme vantagem em relação aos outros animais. Poucos animais além dos seres humanos e primatas têm esse polegar, que é um dos grandes responsáveis pela evolução humana. Graças ao polegar opositor nós conseguimos segurar as coisas, construir ferramentas e até nos masturbar, no caso dos homens.
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Um dos primeiros resultados para "punhetinha" no Google Images. |
Mas esse, como tantos outros, também é um período ingrato da vida. A gente consegue segurar as coisas, mas ainda não consegue sentar sem usar as mãos. É meu amigo, essa fase resulta em muitas - muitas - quedas de cara no chão.
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Você, caindo de cara no chão. |
No oitavo mês já aprendemos que
não significa
não, e paramos de fazer alguma merda quando nossa mãe manda. Estamos ficando incrivelmente espertos, aprendendo várias coisas a cada dia e já gostamos de brincadeiras específicas, tipo bater palmas ou "cadê o bebê".
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Olha ele aquiii! |
Finalmente, no nono mês, conseguimos a liberdade parcial de engatinhar, o que significa uma enorme preocupação para os pais, pois podemos nos matar com praticamente TUDO da casa: degraus, tomadas, armários, cadeiras, tapetes, piscinas, janelas, portas, sacos plásticos, baratas, cachorros.
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E vice-versa. |
Mas é no décimo mês que conseguimos um enorme triunfo: finalmente conseguimos ficar em pé, mesmo que para isso precisemos de um ponto de apoio. Engatinhando, enxergávamos o mundo a pouco mais de 20cm de altura. Agora, essa distância quase triplica. No meu caso, seria o mesmo que acordar e ter quase 6 metros de altura.
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Mas com um pau muito maior que esse, eu espero. |
Essa mudança de visão de mundo pode resultar em vários acidentes, pois ainda temos um equilíbrio parco e a dimensão das coisas passa a ser totalmente nova. Mas a zica maior ainda está por vir: pouco depois do nosso primeiro aniversário, começamos a andar sem ajuda. E aí o bicho vai pegar.
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