quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Zica nº5: Deixando de ser um bebê

Finalmente você completou um ano de vida e experimentou, pela primeira vez, o que é ter uma festa de aniversário. Pena que você não vai lembrar de nada quando crescer, pois existe um negócio chamado "amnésia infantil". Já reparou que você se lembra de pouquíssima coisa - ou quase nada - de quando você tinha menos de 3 ou 4 anos? Então.


Existem várias teorias para isso. Freud dizia que nossos primeiros anos são tão traumáticos que o nosso cérebro apagava tudo. Certeza que ele concordaria com o Mundo Zicado.


"Hehehehe... essa da cenoura foi boa..."
Estudos mais recentes mostram que o nosso cérebro só consegue armazenar memórias mais elaboradas a partir dos 3 anos e pouco. Mas eu ainda concordo com a teoria do Freudão.


Mas voltando ao seu aniversário de um ano, é uma festa onde quase todo mundo vai para agradar os seus pais e comer. Claro, acham você bonitinho (a), mas você não consegue nem assoprar a velinha sozinho sem babar no bolo inteiro, quanto mais cantar parabéns, agradecer os presentes e fazer sala. Você, pra variar, vai dormir, cagar e comer.


OM NOM NOM NOM
Mas é logo depois do seu primeiro aniversário que começa um novo estágio da sua vida. Infelizmente não achei uma tradução apropriada para o português, mas em inglês deixamos de ser babies e passamos a ser toddlers, criancinhas novas. Os dentes continuam a nascer a todo instante e continuamos crescendo em um ritmo acelerado. Com 14 meses já somos espertos o suficiente para comer com uma colher, beber com um copo e até andar sozinhos. Pena que fazemos tudo isso com uma coordenação motora pífia, o que resulta em mais quedas de cara no chão e muita sujeira.


É manteiga de amendoim, mas poderia não ser.
Uma coisa interessante que acontece nessa fase é o desenvolvimento da nossa fala. Já conseguimos usar de 10 a 15 palavras, o que não é muito, mas conseguimos falar "sim" e "não" e sabemos avisar nossas mães que precisamos ter nossas fraldas trocadas (isso se ela não for surda, claro).

Aos 18 meses já começamos a desenvolver nossa individualidade. Temos nosso brinquedo preferido, cobertor preferido, etc, e já conseguimos usar alguns adjetivos junto com substantivos, formando frases curtinhas como "casa azul", por exemplo. É nessa fase que começamos a dar chiliques quando ficamos muito putos e queremos chamar a atenção. Tipo neste vídeo clássico:


Ou seja, antes dos dois anos já somos egoístas e mimados, tentamos conseguir tudo no grito e mudamos de humor constantemente. É como se estivéssemos de TPM 24 horas por dia, mas sendo anões, sem conseguir andar rápido, sem ter força pra fazer nada e sem poder fazer uma panela de brigadeiro e chorar vendo uma comédia romântica (é isso, meninas?).

Aos dois anos de idade fazemos vários progressos. Já começamos a aprender a usar a privada (obviamente com a ajuda de um adulto), já temos um extenso vocabulário de 350 palavras e deixamos de ser incrivelmente cabeçudos. Pela primeira vez em toda a nossa existência, a circunferência do nosso tórax supera a circunferência da nossa cabeça. E estamos mais egoístas do que nunca: tudo "é meu".

Meu!! MEEEEU!!! MEEEEEEEEU!!!
Durante o nosso segundo ano de vida temos um desenvolvimento muito acelerado. Aprendemos rapidamente palavras (cerca de 8 por dia), nomes de pessoas e lugares, jogos, brincadeiras, etc. O mundo é um lugar a ser explorado e queremos nos inserir nele com tudo isso. Mas nessa idade ainda não temos conhecimento nem experiência o suficiente para saber o quanto ele é zicado. Que o digam nossos pais, que em pouco tempo irão conviver com uma criança em sua pior fase: entre 3 e 6 anos.

Um comentário:

  1. hahaha, sensacional... mas por que a pior fase vm depois? posta logo de novo rs

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